Conselho Federal de Medicina discute implantação da certificação digital para a classe

maio 5, 2011 by  
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O Conselho Federal de Medicina segue os passos do Conselho Federal da OAB que trocou as carteiras de identidade profissional dos advogados para instalação de chip criptográfico que permite a certificação digital.

Em pauta a implementação do prontuário eletrônico dos pacientes.

A certificação digital por atributo identifica a qualidade profissional do titular do certificado digital.

Cremesp sedia simpósio do Conselho Federal sobre prontuário eletrônico

Um projeto-piloto de implantação da certificação digital para médicos do país poderá ser iniciado ainda este ano pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A informação foi dada pelo presidente da entidade, Roberto Luiz d’Avila, durante o Simpósio CFM sobre Certificação Digital e Prontuário Eletrônico, que acontece nos dias 3 e 4 de maio (terça e quarta-feira) na subsede do Cremesp da Vila Mariana, em São Paulo, com a participação de várias entidades – como a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Instituto Nacional de Identificação (INI/DPF/MJ) e Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).

A certificação digital tem por objetivo garantir a autenticidade à assinatura do médico para atividades em ambiente virtual, como, por exemplo, os prontuários eletrônicos de pacientes. Além de melhorar a qualidade e a segurança das informações em saúde, esse processo irá substituir o uso de papel por novos sistemas de armazenamento de dados.

O CFM pretende disponibilizar aos médicos uma nova carteira profissional com um chip que permitirá a certificação digital. O projeto-piloto ainda está em fase de discussões iniciais e deverá alcançar apenas uma parcela pequena dos médicos até o final de 2011. Mas, a longo prazo, o CFM pretende garantir as novas carteiras profissionais a todos os 350 mil médicos do país.

O processo poderá ser colocado em prática, inicialmente, nas regiões Sul e Sudeste, informou d’Avila, onde estão concentrados cerca de 70% dos médicos brasileiros – um terço apenas no Estado de São Paulo. Alguns médicos e instituições (como é o caso dos Institutos do Câncer e de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Hospital Samaritano) já possuem um sistema de certificação digital e poderão migrar para o que será desenvolvido pelo CFM. De acordo com o presidente do CFM, já existem seis sistemas certificados pela Sociedade Brasileira de Informática na Saúde (SBIS) no país.

“A medicina não pode perder o passo da história. As novas tecnologias exigem dos profissionais adequação às novas ferramentas, o que pode trazer ganhos inclusive na qualidade da assistência”, destacou Desiré Callegari, conselheiro representante de São Paulo no CFM e responsável pelo Setor de Tecnologia da Informação no mesmo órgão. “Não há volta neste caminho. Nosso objetivo é garantir ao médico a melhor solução para que possa usar essa ferramenta com facilidade e oferecendo segurança ao paciente”, concluiu d’Avila.

Fonte: Certisign