dezembro 16, 2010 por em Cliques
Supercomputador do MP/RJ agiliza investigações
O Ministério Público do Rio de Janeiro anuncia que o supercomputador garante maior velocidade e precisão nas investigações.
A Forense Computacional ganha força para análise de provas nos processos judiciais.
Supercomputador adquirido por Laboratório Computacional Forense agiliza investigações no MPRJ
O MPRJ, em convênio firmado com a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, adquiriu um supercomputador que vem garantindo maior velocidade e precisão à análise forense. Com grande poder de memória e processamento, o FRED SR é um servidor de alta performance, responsável por duplicar, recuperar, armazenar e processar terabytes de dados. Sua utilização agilizou as investigações em curso nas Promotorias de Justiça, que contam com o apoio do Laboratório Computacional Forense do MPRJ.
O Coordenador da Divisão Anticartel e de Defesa da Ordem Econômica (DACAR), Promotor de Justiça Leandro Navega, informa que a equipe do laboratório está disponível para todos os Promotores. Além da DACAR, COESF, GAECO e Promotorias de Justiça dos Municípios de Pádua, Rio Bonito, São Pedro d’ Aldeia e da Tutela de Saúde da Capital já têm dados de investigações sendo analisados pelo FRED SR.
“É importante que, antes de cumprir um mandado de busca e apreensão, o Promotor procure um perito para acompanhá-lo. Adquirimos um equipamento de última geração que já vem sendo utilizado em sete investigações, com cerca de 40 computadores sendo periciados. Na próxima semana traremos peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli para realizarem um curso sobre o novo equipamento”, afirmou Navega.
Garantia de validade da prova
De acordo com o Perito Computacional João Bernardo Aversa, o supercomputador imprime maior velocidade na análise das provas colhidas pelos Promotores. Sua aplicação ocorre, por exemplo, na investigação de possíveis evidências de crimes de cartelização, sonegação fiscal, combate ao crime organizado e casos de pedofilia. O FRED SR é equipado com dois processadores, 32 gigabytes de memória e nove terabytes de espaço em disco.
São utilizados dois softwares pelos peritos para emissão de laudos com os resultados, frutos também da transferência do convênio. Os programas FTK e ENCASE separam e processam rapidamente arquivos texto, imagens e tabelas, facilitando a apuração de provas e o cruzamento de dados em análise. Foi adquirido, ainda, outro software, o I2, responsável por diagramar e expor claramente os objetos da investigação.
Duplicadores de HD e bloqueadores externos também foram adquiridos para utilização em campo, durante as operações. “Antes de analisar o material apreendido, o FRED utiliza, ainda, um dispositivo para bloquear as informações da mídia apreendida, como discos-rígidos ou pendrives, para impedir a modificação dos dados, o que garante a validade jurídica da prova coletada”, explicou Aversa.
O FRED SR é fabricado pela empresa americana Digital Intelligence e custou cerca de R$ 50 mil. O valor do convênio com a Secretaria de Direito Econômico foi de aproximadamente R$ 287 mil.