outubro 27, 2010 por em Justiça Digital

STF customiza BrOffice e cria solução própria

É essencial  que o Poder Judiciário passe a utilizar o software livre.

Esse exemplo demonstra que é possível, que não há necessidade do pagamento de licenças de software, além de ficar refém quando necessárias adaptações e evoluções.

NOTA DO SERPRO
A mais alta corte judiciária do Brasil mostra como o software livre pode ser adaptado às necessidades de cada grupo ou usuário.

O Supremo Tribunal Federal levou para o 5º Congresso Catarinense de Software Livre (5º SoLiSC) o programa STFOffice. A ferramenta, criada para atender às necessidades específicas do tribunal, foi apresentada por Demétrius Jubé, servidor que atuou no seu desenvolvimento.

Demétrius explicou que o STF movimenta uma média anual de 80 mil processos, contendo relatórios, votos, ementas e acórdãos. “Só neste ano, 15 mil textos foram elaborados desde fevereiro”, informou. Além disso, todos os documentos só passam a ter valor após sua publicação no Diário de Justiça e em sua versão eletrônica, o DJe, e precisam estar formatados especialmente para esta operação.

De acordo com ele, de 1996 a 2008, o STF utilizou uma versão proprietária customizada que tinha como elemento central o principal editor de textos disponível atualmente no mercado. “Tratava-se de uma tecnologia obsoleta, sem possibilidade de assinatura digital e sem edição via internet”, relatou. A partir de então, foi tomada a decisão de se fazer um novo sistema, que permitisse estas funcionalidades.

O resultado dessa disposição é um software novo, baseado na plataforma BrOffice, de amplo conhecimento na comunidade de Software Livre e adotada também pelo Serpro. Demétrius contou ainda que a nova solução está em sua segunda versão e atende satisfatoriamente às necessidades do órgão, mas segue em processo de evolução. “Queremos incorporar salvamento automático de textos, aumentar a robustez da aplicação e implantar um controle de alterações”, finalizou.

Comente este post

*